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Acadêmicos da Rocinha forma jovens empreendedores na sua comunidade

RIO - O dia 30 de março será de festa na Acadêmicos da Rocinha. Além de comemorar o 23º aniversário da sua fundação, a agremiação festeja o encerramento do seu projeto social 'Arte Cidadã', patrocinado pela Petrobras, e desenvolvido pelo Núcleo de Responsabilidade Social da escola, o Qualificar.
Por trás dessa escola de samba existe uma grande responsabilidade que vai além do Carnaval. Cumprindo o objetivo de criar oportunidades de inclusão social e melhorar a qualidade de vida dos moradores das comunidades da Rocinha, Vidigal, Vila Canoa e Parque da Cidade, que vivem em situação de vulnerabilidade, a agremiação promoveu a qualificação profissional de mais de 1.200 jovens, ao longo de 2010 e no início de 2011. A festa de encerramento do projeto tem início às 16h na quadra e logo após será a comemoração do aniversário da verde, azul e branca.
Ao todo, o Arte Cidadã teve oito oficinas nas áreas de produção do carnaval: adereçaria, chapelaria, modelagem, sapataria, enfesto, corte, costura, eletricista e cenotécnica. Além de aulas de reforço escolar em português e matemática. Fizeram parte da grade curricular palestras sobre legislação, planejamento familiar e indução ao mercado de trabalho. Eles ainda tiveram cursos de inglês, espanhol, empreendedorismo, cursos de capacitação voltados para inclusão digital como: Informática para escritório, edição de imagem, edição de web, montagem de redes e manutenção.
Com foco no desenvolvimento da cidadania, o projeto também promoveu atividades para disseminação da informação através de acesso livre e gratuito ao Centro de Inclusão Digital e à Biblioteca. Apresentação de filmes, documentários no espaço Multimídia, realização de oficinas e palestras abordando temas como: Oportunidade de Geração de Trabalho e Renda, Cuidados com o Meio Ambiente, Saúde, Direito da Mulher, Direito da Criança, do Adolescente, Ética e Cidadania.
Os alunos aprenderam na prática a arte do carnaval, com aulas ministradas nas oficinas montadas na sede da escola e no barracão. Eles vestiram a camisa e trabalharam na confecção das fantasias e alegorias da Acadêmicos da Rocinha para o carnaval de 2011 e da Escola Mirim Borboleta Encantada. O Qualificar tem em sua estrutura montada na quadra e no barracão da agremiação: salas de aula, biblioteca, cinema, galpão de artes e um espaço de inclusão digital. Neste espaço são promovidas ações sócio-culturais para os componentes da agremiação, moradores das comunidades diretamente assistidas e alunos da rede pública de ensino da região.
Já estão abertas as inscrições para a próxima edição, que acontecerá no meio do ano. Os interessados precisam estar cursando a rede pública de ensino e serem moradores da Rocinha, Vidigal, Vila Canoa ou Parque da Cidade. A idade mínima é 15 anos. Maiores informações na secretaria da Acadêmicos da Rocinha ou então no telefone: 3205-3318
Fonte Jornal do Brasil

Quem foi Bento Rubiao.

Bento Rubião (1928-1985) foi advogado e jurista. Durante sua carreira, sempre se envolveu em lutas jurídicas em defesa de vítimas da opressão e da exclusão social. A partir de 1964, durante a ditadura militar, ganhou ainda mais notoriedade e respeito, dedicando-se à defesa de presos políticos, ao lado do também advogado e jurista Sobral Pinto.

Também atuou intensamente em favor de moradores de diversas comunidades do Rio de Janeiro. Devido a esta atuação tornou-se advogado da Federação das Associações das Favelas do Rio de Janeiro (Faferj).
História
A Fundação Centro de Defesa de Direitos Humanos Bento Rubião foi criada em 1986, por uma equipe que já desenvolvia um trabalho de fortalecimento comunitário e regularização fundiária na Pastoral de Favelas da Arquidiocese do Rio de Janeiro. O grupo discordou da vinculação da evangelização com a defesa e garantia de direitos e decidiu criar sua própria instituição, sem confissão religiosa ou político-partidária.
O tema da Infância e Adolescência passou a fazer parte das atividades do Bento dois anos depois. A equipe entendeu que era fundamental enfrentar a questão da violência e da promoção dos direitos das crianças e adolescentes no estado do Rio de Janeiro, sobretudo no que se refere aos jovens em conflito com a lei.
Foi também a partir de 1988 que a instituição passou a ter um envolvimento maior com as lideranças das favelas, desenvolvendo atividades e elaborando propostas que fossem incorporadas à Lei Orgânica do município do Rio de Janeiro. Em 1992 começou o trabalho de fomento às cooperativas habitacionais e implementação de ações que visam promover o direito à moradia.
Ampliando seu foco de ação, a Fundação começou a investir também em uma maior articulação política, estabelecendo parcerias e participando ativamente de redes e fóruns, inclusive no âmbito da cooperação internacional. Em 1994 foram firmados os primeiros convênios e parcerias com o poder público local. A seriedade do trabalho desenvolvido pela instituição junto à sociedade civil organizada, levou a Fundação a ser eleita para a diretoria regional da Associação Brasileira das ONGs (Abong) para o mandato de 1998 a 2000, tendo sido reeleita para o período de 2001 a 2003.
Em sua trajetória, a Fundação Bento Rubião vem desenvolvendo e fortalecendo práticas, articulações e formulações que contribuem para o desenvolvimento local.


Fonte: Fundação Bento Rubião

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